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Também continuo adorando porcarias !! Tento me policiar, talvez  por causa da idade, mas confesso que já  fui gourmet de lixo culinário  🙂🙂🙂 

Hoje tento me equilibrar nos dois barcos.E, sempre, perder aqueles DOIS QUILOS A MAIS ... Mas assino em baixo na crônica da craque  Martha Medeiros .

☆     ☆     ☆  

BOA PORCARIA
(Martha Medeiros)

Abro a geladeira. Encontro a salada mista que sobrou do almoço. E iogurte natural, água, alface, chicória, queijo fresco, ovos e uma tigela de morangos. Penso em tirar uma foto e postar no Instagram com uma legenda motivadora: “Por uma vida mais leve e saudável”. Ganharei seguidores e ninguém suspeitará a saudade devoradora que sinto da época em que simples e natural era se empanturrar de porcarias.  

Até os 30 anos, eu ingeria veneno como se todo dia fosse aniversário de criança. Era um festival de corantes e aromatizantes artificiais. Abria um pacote de nachos e passava cream cheese em cada um, os dedos ficavam cor-de-laranja por três dias. Comia pão branco com glúten, queijo processado sabor cheddar e salsichas tipo Viena, isso quando não comprava cachorro-quente na rua, com uma mostarda tão amarela quanto uma placa de trânsito.   

Adorava um picolé vermelho que mais parecia tinta congelada no palito. Comia pizza industrializada. Churrasquinho de gato vendido em frente à estádio de futebol. Churros de doce-de-leite fritos numa panela com azeite reaproveitado há duas semanas. 

Bala de goma, pirulito com chiclete dentro, pipoca de micro-ondas, bolacha recheada, barras gigantes de chocolate, refrigerante normal, fast food e seus derivados. Fazia muitos anos que havia abandonado as bonecas e os bambolês, já namorava, trabalhava e levava vida de gente grande, mas ainda não conseguia cortar os laços com a parte da infância que me preenchia de satisfação e cáries.        

Palitinhos de queijo, croissants, risoles, empadinhas, folhados e mais tudo que fosse feito com farinha. Brigadeiros, quindins, balas de coco, leite condensado e mais tudo que levasse açúcar. Já fui muito adepta das falsas promessas de felicidade.                  
Era uma época de displicência e farra dos sentidos. Cancerígenos eram a nicotina e o alcatrão. Vibrei quando o cigarro virou o vilão da turma prejudicial à saúde – não ter sido fumante era meu salvo conduto, como se uma coisa tivesse a ver com a outra. Até que engravidei. E intuí que mães deveriam dar bons exemplos.

Reduzi as porcarias e comecei a incluir alimentos de verdade no cardápio, mas a desintoxicação foi lenta e a despedida, dolorosa. Custei a atingir a maturidade nutricional. Hoje, ao entrar no supermercado, percorro os corredores das guloseimas sem melancolia, já não me abalo diante dos pacotes de salgadinho. Dou fraquejadas em eventos festivos, claro, mas estou no controle, consigo entrar em êxtase com o azeite extravirgem, a cúrcuma e o sal do Himalaia. Acolho frutas, verduras e peixes. No desespero por um doce, o chocolate 80% cacau resolve a questão. Chega para todo mundo a hora de olhar para trás e se conformar: basta, já me diverti o bastante.
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Estou muito feliz por ter alcançado 4000 seguidores. Fiquei imaginando o que poderia fazer pra comemorar. Pensei que teria que ser algo diferente, especial e que interessasse essa nossa turma tão legal. Comecei postando minhas receitas sem nenhuma pretensão, mas acabou que elas  agradaram muita gente e estou muito orgulhosa disso. Na verdade, tô me achando... kkkkkk
Pensei no que poderia ser interessante e útil ao mesmo tempo e me lembrei da dieta que fiz em plena pandemia, mais precisamente em abril de 2020. Eu sempre fiz dieta, mas nunca avancei muito, porque achava chato, difícil e odeio atividade física. Fui apresentada à dieta cetogênica. Minha gineco, no fim de uma consulta, quando perguntei se podia tomar esses remedinhos que eliminam gordura, ela disse: claro, o que seria de nós sem eles...  esse comprimidos que eliminam a gordura do que a gente come, aliados a uma "cetô", e tudo de bom! 

Mas eu não sabia que era essa dietazinha "cetô"... 🤔🤔😛😂😂😂
Fui procurar saber e me dei bem. Podia comer tudo o que eu amo e em 40 dias perdi 8 kg. Foi um milagre, porque nunca consegui perder mais de 3 com muito sacrifício além de recuperar tudo no fim de semana 😡

Pois é... perdi e mantenho o peso até hj.
Resolvi passar pra vocês o caminho que percorri e as receitinhas que encontrei e outras que inventei durante a dieta. Nas imagens, algumas dos preparos que fiz durante aquele  período.  
Vamos nessa?

*    *    *

A dieta cetogênica (ou dieta ceto, para abreviar) é uma dieta baixa em carboidratos e rica em gordura. Seu princípio é de que pois é de que é possível aumentar gorduras na alimentação com benéficos, sendo o principal dele o emagrecimento. Confesso que, a princípio, também duvidei e decidi pesquisar muito antes de me aventurar, pois tenho histórico de colesterol alto. Mesmo assim, fiz uma bateria de exames, antes, durante e depois do período da dieta e me surpreendi com a estabilidade dos indicadores. 

Mas vejam que não  sou uma especialista no assunto e muito menos médica. Esta e outras postagens representam apenas depoimento de quem experimentou a Dieta Cetogênica e obteve ótimos e inesperados resultados . As informações oferecidas não prestam nenhum tipo de orientação, prescrição ou diagnóstico médico/nutricional. Bem como, não tem intuito de oferecer nenhum tipo de tratamento para pessoas com sobre peso, obesidade ou comorbidades relacionadas.

Se tiver interesse, acompanhe as informações e as receitas, mas faça como eu : consulte seu médico, faça exames e pesquise. Afinal, cada uma de nós tem uma dieta na qual melhor se adapta. Mas se você gosta de oleaginosas, abacate, queijos, e proteínas como carne suína, salmão e carne vermelha, ovos e  frutos do mar, talvez esta seja a sua dieta.

Mas não se preocupem, pois este perfil continuará o mesmo. Entre as receitas normais, doces e salgadas, darei minhas sugestões de pratos lowcarb. 

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Ontem fiz uma brincadeira em minhas redes sociais, lembrando da relação de amor e ódio que as pessoas têm com o coentro. Por esta mesma razão, o  engajamento das postagens não me surpreenderam e recebi muitos comentários, felizmente todos muito educados. Confesso que não gosto do sabor e do cheiro, assim como não gosto de cominho e de comida japonesa. O coentro é uma folha de gosto bastante peculiar e intenso, que uns adoram e outros odeiam – é raro encontrar alguém indiferente a ele. Tempera os pratos nordestinos, amazônicos, peruanos, chilenos, mexicanos, médio-orientais e indianos. Mas essa mobilização por um gosto particular me despertou atenção e decidi pesquisar sobre o assunto. Afinal, por que tem gente que odeia tanto o coentro? 

Os coentrófobos modernos tendem a comparar o seu sabor ao sabão, e não a insetos. Mas ambas as associações fazem sentido quimicamente. Descobri que, segundo especialistas da clínica americana RSP Nutrition, o amor pelo coentro é genético, uma vez que entre as pessoas mais sensíveis, os genes sensoriais são mais aguçados, fazendo com que elas detectem o famoso "sabor de sabonete", mencionado entre aqueles que não gostam do alimento. E, na mesma linha, publicação da revista Nature, conduzida pela empresa de genética 23andMe, aponta que a associação do "cheiro e gosto de sabão" vem do olfato. O gene chamado de OR6A2 faz com que os indivíduos sejam mais sensíveis a aldeídos, que são compostos químicos presentes no coentro. Aldeídos iguais ou semelhantes são também encontrados em sabões e loções, e em insetos da família dos percevejos.

Já a Universidade de Oxford revela que o termo inglês "coriander" (como o português coentro) seria derivado da palavra grega para percevejo, que o aroma de coentro "já foi comparado ao cheiro de roupas de cama infestadas por percevejos", e que "os europeus com frequência têm dificuldade em superar sua aversão inicial ao seu cheiro".

Para o neurocientista Jay Gottfried, da Universidade Northwestern que estuda como o cérebro percebe os odores, a polêmica em torno do coentro reflete a importância primitiva do cheiro e do paladar na sobrevivência e a constante atualização do cérebro em seu banco de dados de experiências. Quando provamos uma comida, , o cérebro busca na memória um padrão de experiência anterior à qual aquele sabor pertence. Mas, ao mesmo tempo, a mente atualiza e amplia o seu conjunto de padrões, e isso pode levar a mudanças na forma como avaliamos se uma comida é desejável ou não.

Por isto, entende-se que é possível moldar ou adaptar o paladar. Não raro,  pessoas que não gostam, mas que se vêm obrigadas a consumir o coentro acabam "acostumando".  Passam a  tolerar o coentro e, sem perceber, começam a gostar muito dele. Podem passar mesmo de um "coentro hater" para um "coentro lover".

Concluindo, o importante é saber  que há espaço para todos. 
Nessa guerra que alimenta tantas paixões, respeito os argumentos dos defensores dos dois lados. Por via das dúvidas, quando for fazer moqueca, prepare duas panelas, uma com e uma sem o coentro da discórdia. Ou sirva a erva separadadamente. Garanta que todos se sentem à mesa, recuperem o diálogo, exerçam suas preferências num estado democrático de direito e que os convidados se respeitem e acreditem que é possível viver com as diferenças .


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As três amigas : Zezé, Biju e Tia Sô
Delícia de pessoa...
É o que me veio à mente quando pensei em escrever algo sobre a Zezé.
Encontrar uma pessoa assim, tão especial, tão longe de casa, é muito bom.
Tudo causado pela realização de um sonho antigo de ter um apartamento em Balneário Camboriú. Nunca poderia imaginar que, realizando este sonho, ganharia de brinde uma amiga que, assim como eu, adora cozinhar. E não é que formamos uma bela dupla? Na verdade, um trio, não posso deixar o meu Marcos de fora, afinal, além de nos acompanhar, é o produtor e fotógrafo. E porque não um quarteto??! A Biju, linda, acompanhou passo a passo a receita.
Uma tarde linda, no apartamento da Zezé, em plena quarta feira. E, pra esperar o prato ficar pronto, um café fresquinho e muita conversa boa.
Abaixo, fotos do apartamento da Zezé e suas coisinhas. Tudo muito mimoso...
Obrigada Zezé, pela tarde e pela receita deliciosa.

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Tia Sô

authorOlá, meu nome é Solange Grignolli. Nasci no Paraná (com muito orgulho) e, não posso negar, sou do século passado. Adoro o Sul do país e as coisas simples da vida. Sou sincera, honesta e leal. Adoro meu marido, meu filho, meus amigos e minhas cachorrinhas. Sou o que sou, sem frescuras, e gosto muito de pessoas assim também.
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