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Minha receita de Quindim Tradicional (confira aqui) é uma das mais acessadas no blog, mas sempre digo que este é um doce muito delicado e que mesmo quem trabalha com confeitaria se depara com alguns fora do padrão desejado para a comercialização. Tanto é assim que acabei fazendo outra postagem apenas com Dicas & Respostas (confira aqui) para as dúvidas mais comuns sobre o preparo. E hoje recebi a seguinte mensagem : "Faço quindim pra vender, há mais de 8 anos, e quando faço quindão eles racham. Tenho cuidado com o tempo de assar, mas quando vou desenformar  dá uma tristeza..." Respondi à leitora que os cuidados com as unidades pequenas as vezes não são suficientes para a versão maior. Tanto que utilizo receitas diferentes para um e outro, adaptando ao tamanho e tempo de cozimento.


Compartilhei minha preparação favorita para quindão e decidi deixar registrado no blog para que todos possam experimentar. Espero que gostem ! Bjs da Tia Sô.  😘


INGREDIENTES


Para a Massa

● 70 gramas de coco ralado seco 

● 110 ml de leite de coco 

● 110 ml  de água 

● 100 gramas manteiga sem sal 

● 20 gemas  de ovos grandes (usei gemas pasteurizadas :  370 gramas) 

● 370 gramas de açúcar refinado

Para a forma

● 2 colheres de sopa de manteiga sem sal

● 2 colheres de sopa de açúcar refinado

PREPARO

1. Coloque o coco ralado seco (não pode ser em flocos, pois altera a textura do doce)  num recipiente. Acrescente o leite de coco e a água e mexa apenas para unir os ingredientes e hidratar o coco. 

2. Em seguida, coloque a manteiga sem sal e as 20 gemas (370 gramas), que devem ser despejadas em uma peneira. Nesse ponto, cuidado : não pressione as gemas para agilizar o processo. Apenas fure-as  e deixe que escorram naturalmente para a tigela, descartando a sobra que ficar retida na peneira.

3. Mexa todos os ingredientes com uma espátula ou colher de pau, cuidando para dissolver bem e incorporar a manteiga. 

4. Acrescente todo o açúcar refinado e misture bem. Não se preocupe, pois o resultado é uma mistura bem líquida. 

5. Unte a assadeira de 20 cm de diâmetro por 5 cm de altura  com manteiga, pois isto garantirá que seu doce desenforme sem grudar. Utilize duas colheres de sopa de manteiga (parece muito, mas é isso mesmo !). Espalhe com cuidado por todo o interior da assadeira, especialmente no fundo. Complete espalhando bem duas colheres de sopa de açúcar refinado.

6. Coloque na assadeira e leve para assar em banho-maria, em forno pré-aquecido a 200 graus. Não se esqueça de colocar água já quente. 

7. Se estiver usando um forno elétrico, ligue apenas a resistência inferior e deixe por aproximadamente 1 hora. Lembre-se, também, de colocar a assadeira na grade mais baixa e de conferir o volume da água, que deve cobrir metade da altura da forma. 

8. Retire do banho-maria, aguarde 15 minutos e desenforme ainda quente. Passe uma faca fina em toda a lateral. Coloque um prato de servir sobre a forma e vire rapidamente.

DICAS

Para uma cor mais intensa, prefira “ovos caipiras”.

✅ Quando for colocar a forma do quindão dentro de outra forma maior, para o banho-maria, acrescente um pouco de vinagre à água (cerca de uma colher de sopa). Isto ajuda a evitar que a assadeira fique escura ao final do cozimento.

✅ Se desejar, substitua a água pela mesma quantidade de leite integral ou leite de coco.


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Quer preparar um bolo macio e fofinho? Mais do que seguir uma receita à risca, é preciso compreender o papel de cada ingrediente no preparo de um bolo. A seguir, confira a função de cada um deles. 
OVOS.  Indispensáveis no preparo da receita, os ovos são ricos em proteína, e cada elemento deles tem uma função na receita. Enquanto a gema ajuda a dar liga e traz gordura e sabor para a massa do bolo, as claras (quando batidas em ponto de neve) absorvem o ar necessário para deixar o bolo macio. Na hora de escolher os ovos, opte sempre pelos mais frescos e quebre-os um a um separadamente.
FARINHA DE TRIGO.  Responsável por trazer textura e estrutura para qualquer tipo de massa, a farinha de trigo é elemento fundamental no preparo de bolos. Mas, na hora de escolher, vale observar alguns detalhes. A farinha de trigo ideal para bolo é a que tem o menor teor de proteína – o oposto da farinha utilizada para o preparo de pães. 
AÇÚCAR. O grande protagonista da confeitaria não poderia faltar na receita. O açúcar tem a função de trazer estabilidade para as receitas e conservar os alimentos por mais tempo. Mas é preciso utilizá-lo na medida certa, já que o excesso de açúcar pode atrapalhar a ação do fermento químico. 
GORDURA. Seja manteiga ou qualquer tipo de óleo vegetal, a gordura é um ingrediente importante no preparo de um bolo. Além de responsável por trazer umidade e untuosidade para a receita, também é responsável pelo sabor. Na hora de escolher a gordura, vale optar por óleos mais neutros. No caso da manteiga, utilize as versões sem sal, para que você tenha a chance de escolher o percentual que deseja usar na receita, e com mais de 80% de gordura. 
FERMENTO QUÍMICO. Composto de bicarbonato de sódio, fosfato monocálcico e pirofosfato ácido de sódio, o fermento químico é o responsável por fazer o bolo crescer. A partir do momento em que as substâncias entram em contato com o líquido da receita, o fermento libera gás carbônico, que, ao ser aquecido, se expande e faz a massa aumentar de volume. Há receitas que que utilizam isoladamente o bicarbonato de sódio, que age, da mesma forma que o fermento em pó. No entanto, caso seja utilizado em excesso, o bicarbonato pode deixar o seu bolo com sabor levemente metálico .
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Por essa você  não  esperava : ovo "frito" na Airfryer.  Também  duvidei, mas fiz o teste e fiquei  bem satisfeita  com o resultado. O ovo ficou realmente  com aparência  de frito nas beiradas e nrnhum ponto ficou cru. A gema, para meu gosto, ficou ótima. Mas é  possível regular o tempo  para obter uma gema mais mole.
1. Primeiramente, escolha o recipiente onde o ovo será preparado, de preferência algo baixo, como um pires, assadeira pequena ou ramequin. Mas atenção: use apenas aquilo que possa ir na Airfryer.

2. Caso o recipiente não seja antiaderente, coloque algumas gotas de azeite, óleo ou manteiga. Em seguida, quebre o ovo que será usado na fritadeira elétrica. Tempere com sal e pimenta a gosto por cima.

3. Feito isso, posicione o recipiente com o ovo na Airfryer, que já deve estar preaquecida. Para fritar o ovo, coloque o ajuste em 180º ou 200º. O tempo médio é de 6 minutos, mas ele pode mudar conforme o gosto da pessoa (se ela quer a gema mais mole ou mais firme).
4. Depois de passado o tempo na fritadeira, basta retirar o recipiente com o ovo com cuidado para não queimar as mãos e servir logo em seguida.
DICAS

☆ É possível preparar quantos ovos quiser, desde que eles caibam um do lado do outro na Airfryer.
☆  Com 6 minutos a gema fica cozida, mas ainda macia, quase como uma pasta.  Se preferir mais mole, deixe 5 minutos.
☆  Uma dica interessante é incrementar o ovo frito com ervas, frios, queijos e outros temperos.
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Sabe aquele omelete francês  perfeito, tradicional,  com duas dobras, bainha e colarinho ? Pois bem, nunca fiz !! Como todos sabem, nasci no Paraná  e minha escola é  da cozinha raiz dos colonos. Então,  o omelete que estou acostumada a fazer é  parrudo, saboroso e com sustância.  Mais parece uma tortilla espanhola. 

Fácil  de fazer, exige apenas ovos e é  completado com o que houver na sua geladeira.  Hoje  eu tinha tomate, mussarela e queijo meia cura. Mas você  pode variar os ingredientes, de acordo com seu gosto pessoal. Já  fiz com queijo parmesão, presunto e cubos de bacon e fica igualmente  delicioso. 

INGREDIENTES 
● 5 ovos 
● 1/2 cebola pequena picada
● 1 tomate sem semente, em cubos
● Mussarela fatiada (5 ou 6), cortada em pedaços pequenos 
● 4 fatias de peito de frango  defumado, em cubos
● 1/2 xicara de queijo meia cura em cubos
PREPARO 
1. Quebre os ovos, um a um ( para evitar que uma unidade estragada comprometa todo o preparo)
2. Em um bowl, bata os ovos rapidamente.  
3. Acrescente todos os demais  ingredientes e mexa somente para mistura-los de maneira  homogênea.  
4. Aqueça uma das partes da omeleteira, coloque um fio de azeite e despeje todo o conteúdo do bowl.
5. Aguarde um minuto e, com uma espátula, erga suavemente a borda para que parte do líquido  escorra para baixo, acelerando o cozimento.  
6.  Quando perceber que a parte de baixo está  dourada, espalhe  um fio de azeite na outra metade da omeleteira, junte as duas e vire rapidamente. 
7. Retire a parte de cima e aguarde até  que a parte de baixo esteja dourada ( confira levantando delicadamente  com a espátula). Se tiver dúvida  sobreca consistência interna, faça  uma pequena abertura no centro. 
8. Coloque  num prato grande e sirva como prato único  ou acompanhado de uma salada. 
DICAS
O omelete OU a omelete ? O Aurélio registra A OMELETE. O dicionário Houaiss e o Vocabulário Ortográfico da ABL consideram OMELETE um substantivo de dois gêneros: O OMELETE e A OMELETE.
◇ Utilizo uma omeleteira com 20 cm de diâmetro.
◇ Acrescente também salsa e cebolinha à gosto, conferindo cor o sabor.  
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Pastéis de Belém (ou Pastéis  de Nata) foram criadas antes do século 18 pelos monges católicos no Mosteiro dos Jerónimos ( Português : Mosteiro dos Jerónimos ), no distrito de Santa Maria de Belém , em Lisboa. Como consequência  da Revolução Liberal de 1820 , após a dissolução das ordens religiosas, os monges começaram a vender pastéis de nata numa refinaria de açúcar próxima para poderem sobreviver . Em 1834, o mosteiro foi encerrado e a receita vendida à refinaria de açúcar, cujos proprietários em 1837 abriram a Fábrica de Pastéis de Belém. Os descendentes são donos do negócio até hoje e chegam a vender mais de 20.000 desses doces por dia.
A receita original  permanece inalterada até hoje. Ela é conhecida somente por alguns mestres pasteleiros, que assinam um termo de confidencialidade e que preparam a receita num local conhecido como “Oficina do Segredo”. Embora o Pastel de Belém seja um tipo de Pastel de Nata, que é um doce que pode ser encontrado em qualquer pastelaria de Lisboa, o nome  Pastel de Belém é exclusivo, pois a denominação foi registrada em 1918. 

Pra mim, trata-se de uma bobagem sem tamanho, pois adoro compartilhar receitas e conhecimento. E não  entendo que alguém  queira se apropriar do nome de um doce tão  tradicional. Por isso, eu que descendo de portugueses, trago uma receita  famíliar de Pastel de Belém : esta pequena maravilha aromatizada de limão e canela, de  recheio cremoso dentro de uma massa crocante !
INGREDIENTES
●  250 gramas de leite integral
● 150 gramas de açúcar
●  75 gramas de água
●  30 gramas de farinha sem fermento
●  4 gemas 
●  1 ou 2 paus de canela
●  3 ou 4 tiras de casca de limão (limão siciliano, de preferência) 
● cerca de 300 gr de massa folhada
PREPARO 
1. Calda de açúcar: Numa panela coloque o açúcar e a água e leve ao fogo médio. Mexa só  até  dissolver o açúcar e não volte a mexer enquanto estiver no fogo. Deixar ferver 3 minutos até atingir o ponto de pérola.
Ponto Pérola: Esse ponto é muito usado para preparar quindins e compotas. Você pode identificá-lo mais ou menos depois de cinco minutos no fogo, ao puxar a colher e a calda cair num fio e depois em uma gotinha semelhante a uma pérola.
2. Creme de leite: Dissolver a farinha com um pouco de leite frio e mexer muito bem, até  obter  uma pasta sem grumos. 
3. Em uma panela em separado,  coloque o restante leite com a canela e casca de limão (sem a parte branca). Leve ao fogo até começar a querer ferver. 
4. Em seguida, retire do fogo e, pouco a pouco, junte a pasta feita com a farinha e leite, mexendo  bem. Retorne tudo ao fogo e mexa até engrossar. 
5. Creme - Para formar o creme dos pastéis  será  necessário  unir os dois preparos. Junte lentamente a calda fio a calda ao creme de leite, mexendo sempre com um fouet . Não  precisa esperar esfriar, mas é  importante  mexer bem para não  formar grumos. 
6. Deixe esfriar por cerca de  10 minutos e misture um pouco deste creme nas gemas para evitar um choque de temperatura. Juntar depois tudo e mexer bem para incorporar as gemas no creme. 
7. Passe tudo por  uma peneira e descarte  a canela, o  limão e algum eventual resíduo que ficar retido.
Massa
1. Deixe descongelar  a massa folhada,  seguindo  as orientações  da embalagem  do produto.
2. Abra e estique, formando  um retângulo com cerca de 18/20 cm por 33-35 cm. Polvilhe com um pouco de água e enrole num rolo. 
3. Corte rodelas com cerca de 2 cm de espessura.
4. Coloque as rodelas de pé nas forminhas e forre com a ajuda do polegar umedecido em água para não grudar. Leve à geladeira por  cerca de 10 minutos antes de rechear.
Como Assar
1. Encha as forminhas até 3/4 do espaço  com o creme e leve ao forno pré aquecido a 250ºC (ou o máximo que o seu forno atingir) durante cerca de 10 a 12 minutos. 
2. É importante pré-aquecer bem seu forno e na temperatura  mais alta que ele alcançar ( pelo menos uns 20 minutos). Não  coloque os pastéis  no forno antes que ele esteja "pelando" ou irá  destruir  a textura de seus doces.
3. Os pasteis devem ficar com a massa dourada e crocante e com o recheio cremoso e com um aspecto tostado na superfície. Mais ou menos tostado dependerá  de sua preferência,  mas não os tire antes desse ponto. 
4. Ajuste o tempo de acordo com o seu forno e o tamanho das forminhas. Todos os fornos são diferentes então tenha atenção para não assar muito, pois os doces ficarão  com um aspecto talhado. 
5. É provável que nem em todos os fornos os pasteis ganhem cor de maneira a ficarem com pontos pretos. Os pasteis de nata feitos em casa nunca ficam iguais aos das confeitarias, que possuem fornos mais potentes e com convecção  (circulação  de ar).
DICAS
■ Formas típicas de pastel de nata são vendidas em poucas casas especializadas, mas podem também ser feitos em formas de empadas ou descartáveis de alumínio.
■ O ideal é usar massa folhada caseira, feita com bastante manteiga. As massas folhadas industriais tem tendência a encolher e não são tão crocantes. Mas não  se preocupe: esta opção  ficará  igualmente deliciosa, mesmo que os pasteis fiquem um pouco menores e menos crocantes.
■ A receita tem um rendimento  de 10 a 12 unidades. 
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Vou lhes contar um segredo, mas fica só  entre nós : meu prato preferido  é  arroz com ovo. É a comida da minha vida ! Sério.  Não  estou exagerando. Adoro comer, acompanhado com tomate fresco e, se tiver, banana .

Além  de uma delícia,  é  um preparo coringa para aqueles dias de pressa, ou quando  não  há  nada na geladeira  além de uma sobra de arroz. 
INGREDIENTES 
● 6 ovos 
● 1 ou 2 xícaras de arroz cozido ( eu prefiro mais ovo que arroz )
● Sal e pimenta à gosto 
PREPARO

1. Por precaução, quebre os ovos, um a um, separadamente e junte-os num único  recipiente.  Isso evita que você perca tudo, se algum estiver estragado.
2. Em uma frigideira grande, espalhe um fio de azeite, espere aquecer um pouco e despeje os seis ovos de uma vez.  Mexa para misturá-los  e tempere  com sal e pimenta. 
3. Mexa e, quando as gemas começarem  a cozer  (sinônimo de cozinhar; e não coser, que é sinônimo de costurar 🙂 ) e as claras  ficarem brancas, retire do fogo.
4. Acrescente o arroz, mexa e retorne  ao fogo.
5. Acerte o sal e pimenta e finalize  com um fio de azeite. 
6. Se desejar, pique finalmente um pouco de cebolinha e salsinha e misture na hora de servir.  
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A receita de quindim tradicional é  um dos maiores sucessos do blog, com miLhares de acessos e , até  hoje, mais de 2.1 mil curtidas e 117 compartimentos. Mas também  recebemos muitas dúvidas sobre problemas específicos, que tentaremos ajudar a esclarecer  nessa postagem. 

QUINDIM RACHADO - Talvez o mais comum, e que  chega a desanimar quem se aventura a fazer, é  quando os doces racham. 

Mas saiba que o  quindim é um doce muito delicado. É normal que, em uma fornada, alguns saiam rachados. Não descarte essas unidades: isso não altera o sabor do doce, embora comprometa para comercialização. 

Para reduzir o risco a  regra de ouro é  regra é: respeite os tempos de descanso dos ingredientes. Para que o coco umedeça o açúcar e para garantir aquela camadinha mais durinha,  é necessário respeitar os tempos de descanso dos ingredientes. Não é balela da receita. 

Outro motivo frequente para os doces racharem é o forno muito alto. Fique atenta. Esquecer a assadeira por mais uns 3 ou 4 minutinhos… já é o suficiente para o quindim passar do ponto e rachar.

Exemplo de quindim que deu errado
MISTURA E DESCANSO  - Uma leitora perguntou :  depois das doze horas do coco e açúcar na  geladeira, tem que esperar ficar na temperatura ambiente pra juntar as gemas ? Não. Após  o descanso, basta retirar a mistura da geladeira e descompacta-la até que fique bem soltinha. Imediatamente.  Não  é  necessário aguardar  que esta fique em temperatura ambiente.

COCO FRESCO - Outra coisa : use coco fresco para fazer quindim. Não dá certo com coco seco! A umidade do coco fresco é essencial.

COZIMENTO - Por fim, o cozimento em banho-maria é usado para controlar a temperatura. O recipiente que contém o alimento fica em contato direto com a água, que não ultrapassa os 100 °C (ao passar dessa temperatura, a água evapora). Isso é importante para o quindim, pois faz com que a gema mantenha a temperatura média de 60 °C, ideal para que ela cozinhe sem talhar. 

FORNO ALTO - O forno muito alto é o principal motivo dos quindins racharem. Vale a pena investir num termômetro de forno (veja postagem aqui), mas ainda assim  é importante ficar monitorando. Não dá pra colocar os doces para assar e ficar no WhatsApp.

FORNO PROFISSIONAL -  Se estiver usando forno profissional, mantenha os quindins cobertos por outra forma, durante todo o processo de forneamento, pois a turbina queima a superfície do quindim. 

CRIE SABORES - Na culinária  há  dois ingredientes importantes,  o bom senso e a criatividade.  É  possível experimentar, respeitando sempre o preparo e os ingredientes essenciais. Para criar seu sabor, use a criatividade, acrescentando, por exemplo, um licor.

Ainda tem dúvidas ? Deixe seu comentário e vamos atualizando este repertório  de dicas. 
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Você sabe quanto pesa um ovo? Já pegou uma daquelas receitas que dá a quantidade de ovos em gramas? 

Os ovos agora são vendidos em quatro tamanhos diferentes: Pequeno, Médio, Grande e Muito Grande (substituem os antigos tamanhos de 0 a 7).

Peso e tamanhos do ovo
Esta tabela, utilizada na Europa, mostra como o peso grande do ovo difere do peso médio do ovo.
Cada faixa de tamanho começa com o peso mínimo e inclui ovos até o peso máximo, por exemplo, um ovo grande pode ter 63g-72,99g. 

Por essa razão,  recomenda o uso de ovos grandes em receitas que especificam o antigo ovo de tamanho 3, por exemplo, ovos mexidos, mistura para panquecas, bolos, suflês e merengues. No entanto, as receitas costumam variar, portanto, algumas tentativas e erros podem ser necessárias para certos pratos.
Clara e Gema

A gema representa  30.9%  do peso total, a clara 57.3%, e a casca 11.5%

Classe XL – Gigante – peso superior a 73 gramas (equivale a 64g sem a casca) 
Gema =    19,77 g    /  Clara = 36,67 g

Classe L – Grande – peso entre 63 a 73 gramas (equivale a 60g sem a casca) 
Gema =    18,54 g    /  Clara = 34,38 g

Classe M – Médio – peso entre 53 a 63 gramas (equivale a 51g sem a casca) 
Gema =    15,75 g    /  Clara = 29,22 g

Classe S – Pequeno – peso menor do que 53 gramas (equivale a 47g sem a casca)
Gema =    14,523 g    /  Clara = 26,931 g
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Segundo o escritor Fabiano Dalla Bona, autor do livro "O Céu na Boca", da editora Tinta Negra, o poeta Mario Quintana (1906-1994) era um grande admirador de Quindim. O doce típico de origem portuguesa, ritualmente consumido com um café sem açúcar na lanchonete do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, era um dos pontos fracos do autor, como afirmavam os funcionários, que o apelidaram carinhosamente de "Mario Quindim".

Há quem o ame e quem o odeie. Eu adoro e meu marido tinha trauma. O fãs exaltam o sabor ‘pra lá de doce’, sua cor amarelo-ouro e seu brilho, que também é responsável por mantê-lo úmido. Do outro lado, a corrente contrária reclama, majoritariamente, do cheiro e sabor de ovo. “Quem reclama do aroma e gosto de ovo pode não ter comido um quindim benfeito”, avisa Cátia Farias, da Bendito Quindim, doceira responsável por esta receita de medidas perfeitas.

O quindim é um doce português como, aliás, é a maioria dos doces à base de ovos. Seu nome, entretanto, é de origem africana e significa dengo ou encanto. Segundo Maria de Lourdes Modesto, estudiosa da comida portuguesa, os doces lusitanos quando chegaram ao Brasil incorporaram algumas das frutas locais, e o coco foi, talvez, a mais significativa delas. O quindim com coco, de fato, é chamado em Portugal de quindim brasileiro, substituindo a amêndoa no seu preparo. Hoje, no entanto, há variações para todo gosto, como : com  chocolate (escuro), coco queimado, damasco (delicado), nozes, maracujá, pistache (suave), café e abacaxi. Mas aqui no blog vamos mostrar esta receita tradicional, testada e aprovada neste feriado de 12 de outubro.
Dicas importantes : 1.  As gemas devem ser peneiradas sem pressa. É preciso furá-las e deixá-las escorrer sozinhas em uma peneira. Use uma bem fina e repita o processo mais uma vez.
2.  É possível fazer com coco de pacotinho, mas o sabor ficará comprometido. Se o coco for umido e adoçado, corre-se o risco de ficar insuportavelmente doce. Se for coco seco, não terá a umidade nessária para formar uma massa homogênea com o açúcar na primeira fase da receita.
3.  Recomenda-se usar "glucose líquida" (veja exemplo), mais espessa, e não "glucose de milho", tipo Karo. Embora o efeito com a segunda opção seja semelhante, ele não adere inteiramente na forma, comprometendo o formato do doce e o sabor, semelhante ao de mel, compete com o gosto do quindim.

Ingredientes (para 100 quindins pequenos)
  • 650 gramas de coco fresco (pode ser encontrado em feira-livre, já ralado)
  • 1 quilos de açúcar refinado
  • 120 gramas de de manteiga sem sal, derretida e morna
  • 36 unidades de gemas peneiradas ou 640 grs de gema pasteurizada
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)
  • 400 gramas de glucose líquida (veja dica n. 3)
  • 1/4 xícaras de chá de água
Ingredientes (para cerca de 30 quindins pequenos)
  • 226 gramas de coco fresco
  • 330 gramas de açúcar refinado
  • 40 gramas de de manteiga sem sal, derretida e morna
  • 14 unidades de gemas peneiradas
  • 1 colher de café de essência de baunilha (opcional)
  • 135 gramas de glucose líquida (veja dica n. 3)
  • 1 colher de sopa de água
PREPARO
Primeira fase - Numa tigela, coloque o coco fresco ralado fino e o açúcar refinado. Amasse com as mãos até que o açúcar esteja totalmente dissolvido. Adicione a manteiga sem sal derretida e morna e misture bem. Deixe a tigela coberta com filme plástico e leve à geladeira por 10 a 12 horas.

Segunda fase - Depois deste tempo, acrescente as gemas (peneiradas duas vezes em peneira fina) e a essência de baunilha e misture bem até ficar homogêneo.

Prepare o brilho: Numa panela, coloque a glucose e a água e leve ao fogo baixo até aquecer e derreter. Desligue o fogo.

Montagem: Coloque uma colher de sobremesa dessa mistura no fundo de cada forminha de quindim. Espalhe bem em todo o fundo e na borda.
Coloque a mistura do quindim nas forminhas, preenchendo até a borda, e leve para assar em banho-maria em forno médio pré-aquecido a 180º C até que fiquem firmes e dourados. Retire do forno e deixe esfriar. Desenforme e sirva em seguida ou espere gelar, se preferir.
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Tia Sô

authorOlá, meu nome é Solange Grignolli. Nasci no Paraná (com muito orgulho) e, não posso negar, sou do século passado. Adoro o Sul do país e as coisas simples da vida. Sou sincera, honesta e leal. Adoro meu marido, meu filho, meus amigos e minhas cachorrinhas. Sou o que sou, sem frescuras, e gosto muito de pessoas assim também.
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